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STARTUPS E FINTECHS

 

Antes de mais nada, o conceito de startups; a seguir, o de fintech:

As startups são empresas inovadoras que ainda estão em estágio inicial — acabaram de chegar ao mercado, geralmente não apresentam lucro de início, mas têm grande potencial de rápido crescimento.

Apresentam produtos e serviços recém criados, ou então é algo existente colocado em um modelo de negócios inovador, mas cuja proposição acontece em um cenário de incertezas. Por  isso, incubadoras de empresas são locais adequados para a gestação desse tipo de negócio. Embora não se limite apenas a negócios digitais, uma startup necessita de inovação para não ser considerada simplesmetnte uma empresa de modelo tradicional em sua fase inicial de existência.

Uma dúvida comum nessa definição é se é um tipo de empresa necessariamente baseado na internet. Não necessariamente, mas são mais frequentes no meio digital porque é bem mais fácil e barato criar uma empresa online do que em setores tradicionais.
 

De maneira geral além de ser uma empresa inovadora, tem custos baixos, e um modelo de negócios que a permite crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores.
 

A utilização do termo começou durante a crise das empresas ponto-com, entre 1996 e 2001. Na época, foi formada uma bolha especulativa caracterizada pela alta das ações das novas empresas de tecnologia da informação e comunicação alocadas no espaço da Internet. A Bolha da Internet, como ficou comumente conhecida, adotou e começou a utilizar o termo startup, que até então apenas significava um grupo de pessoas trabalhando por uma ideia diferente e com potencial de fazer dinheiro. Além disso, startup, na etimologia da palavra, também sempre foi sinônimo de iniciar algo, ou colocar algo em funcionamento.

Dois fatores importantes para uma startup são os conceitos de “repetível” e “escalável”, uma vez que sem eles o negócio tem grandes chances de se tornar insustentável.  Um produto repetível e escalável traz inúmeras vantagens, uma vez que ele promete atingir um grande número de clientes e gerar lucro de forma rápida.

Para um negócio ser repetível significa que ele é capaz de entregar o mesmo produto em escala potencialmente ilimitada. Dessa forma, não é viável que haja muitas customizações ou adaptações, pois a meta é multiplicar. Já ser escalável significa a possibilidade de crescer cada vez mais sem que isso influencie negativamente o modelo de negócios. 

As fintechs são empresas de serviços financeiros que se diferenciam pelo uso da tecnologia e inovação. Uma fintech também pode ser, no início, uma startup.

 

A grande diferença entre elas é que a startup não necessariamente faz parte do setor financeiro. Ela pode atuar no mercado de entretenimento, seguros, alimentação, tecnologia, vestuário, ou qualquer outro do mercado.

 

A onda das fintechs

 

Revista FAPESP - Edição 288 fev. 2020

Alexandre Affonso Frances Jones

https://revistapesquisa.fapesp.br/2020/02/03/a-onda-das-fintechs/

 

O Brasil registrou no fim do ano passado o surgimento de mais um unicórnio, termo usado para designar startups com valor de mercado igual ou superior a US$ 1 bilhão. Trata-se do Ebanx, empresa que pertence a uma categoria de empreendimentos que se multiplicaram e se destacaram na última década, as fintechs. O neologismo, contração das palavras financial e technology, indica uma combinação entre finanças e tecnologia – ou seja, são startups que se valem de modelos de negócios inovadores e do emprego intensivo de plataformas tecnológicas para ofertar produtos e serviços financeiros. O fenômeno é mundial e só no Brasil há mais de 500 fintechs de variados tipos – o estado de São Paulo concentra 58% desse total. Ao menos três dessas instituições já ganharam status de unicórnio. Nascidas na esteira da crise financeira global de 2008, elas chacoalham o mundo dos bancos tradicionais.

 

Criado há oito anos em Curitiba (PR), onde fica sua sede, o Ebanx cuida dos pagamentos em sites ou serviços globais, como Spotify, Airbnb e Uber, de compras realizadas por consumidores no Brasil e em sete outros países latino-americanos. Com a expectativa de ter completado 2019 processando US$ 2,1 bilhões em pagamentos, a empresa permite que os sites clientes adotem soluções locais de pagamento. Boletos, por exemplo, uma das formas mais empregadas no Brasil, podem ser usados para fazer pagamentos que ultrapassam as fronteiras nacionais, conhecidos como cross-border.

 

O êxito alcançado nos últimos anos pelo Ebanx e as fintechs em geral se deve a múltiplos fatores, como explica Diego Perez, diretor da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs). “A chave do sucesso nem sempre é uma inovação ou o desenvolvimento de uma tecnologia específica. Muitas vezes, o que faz uma fintech crescer e ganhar mercado é uma diferença em seu método de trabalho, uma transformação na gestão interna ou algo focado no atendimento”, diz Perez, cofundador da plataforma de investimentos em startups StartMeUp.

 

Diferentemente dos bancos tradicionais, que têm muitas agências físicas, cumprem uma série de formalidades determinadas pelo Banco Central, precisam de grande capital inicial para serem abertos, contam com alto número de funcionários e fornecem serviços financeiros diversos aos clientes, as fintechs normalmente têm uma estrutura enxuta e custos fixos e operacionais mais baixos. Além de menores, também são menos regulamentadas porque não têm autorização, exclusiva dos bancos, de captar dinheiro. Segundo Perez, as fintechs também ganharam relevância porque nascem focadas no cliente. “Enquanto uma instituição financeira tradicional prioriza os produtos mais lucrativos para ela própria, as fintechs apostam na máxima segundo a qual o cliente é o centro de tudo.”

 

Em 2018, um volume recorde de US$ 62,4 bilhões foi investido globalmente nessas startups, segundo a consultoria inglesa Fintech Global. Em 2018, uma única fintech, a chinesa Ant Financial, levantou US$ 14 bilhões de uma só vez. Nos Estados Unidos, a Brex, com sede em São Francisco, na Califórnia, ganhou status de unicórnio antes de comemorar dois anos de existência. Especializada em cartões de crédito para startups, ela foi fundada em 2017 pelos brasileiros Pedro Franceschi, 22 anos, e Henrique Dubugras, 23. Apesar da pouca idade, já tinham experiência na área: a dupla havia estabelecido no Brasil outra fintech, a Pagar.me, vendida em 2016 para a Stone, fintech especializada em meios de pagamento.

 

No Brasil, as fintechs Nubank, Banco Inter e Neon, figuram, nessa ordem, entre as cinco melhores instituições financeiras do país, superando bancos tradicionais, como Caixa (4o colocado) e Itaú Unibanco (5o), segundo levantamento da revista Forbes divulgado no início de 2019. Em parceria com a empresa de estatísticas Statista, a pesquisa colheu a opinião de 40 mil clientes de 23 países, classificando as instituições de acordo com critérios como confiança, cobrança de taxas, serviços digitais e assessoria financeira.

 

O Nubank, com sede em São Paulo, conta com mais de 13 milhões de clientes. O primeiro produto lançado pela empresa, em 2014, foi um cartão de crédito sem anuidade, gerenciado apenas por aplicativo. O Banco Inter, de Belo Horizonte, nasceu em 1994 como uma instituição tradicional e recentemente virou uma fintech. Oferece contas digitais gratuitas e serviços variados pela internet, como reservas de cinema e hotel. Já a Neon Pagamentos, criada há três anos em São Paulo, tem quase 2 milhões de contas ativas. Em novembro de 2019, recebeu um aporte de R$ 400 milhões do Banco Votorantim e da gestora de capital privado General Atlantic.

Os empresários desse novo segmento de mercado surfam numa onda de inovação bancária que começou a se desenhar há cerca de 10 anos, a partir da crise financeira que se seguiu à quebra do banco Lehman Brothers. “Naquele momento ocorreram dois fenômenos”, conta o engenheiro eletricista Eduardo Henrique Diniz, chefe do Departamento de Tecnologia e Ciência de Dados da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Eaesp-FGV). “Primeiro, o sistema financeiro, que havia crescido demais e estava concentrado, começou a demitir. Muitos desses desempregados conheciam por dentro as ineficiências do sistema. Como eram pessoas da era da internet, sabiam que as coisas podiam ser feitas de maneira mais eficiente, com modelos tecnológicos diferentes.”

Ao mesmo tempo, quatro macrotecnologias já estavam ou passaram a estar disponíveis, proporcionando novas soluções para o setor financeiro, explica o professor da FGV. “As duas coisas juntas são o alicerce do movimento das fintechs: a crise que libera pessoas com conhecimento do mercado já com nova mentalidade sobre uso de tecnologia e as próprias tecnologias”, afirma Diniz.

 

A primeira tecnologia que ajudou a dar força ao movimento, explica o especialista, foi a da mobilidade, tornada real pelo fato de quase todos terem um dispositivo digital na mão – mesmo quem não tem conta em banco dispõe de um smartphone. A segunda foi a da computação em nuvem, que ajudou a massificar o acesso a tecnologias sofisticadas a empresas de menor porte. Se antes apenas grandes bancos capazes de manter um datacenter equipado com um conjunto robusto de servidores podiam oferecer serviços de ponta, com a computação em nuvem um pequeno negócio pode tornar-se um prestador de serviços sofisticados, com acesso a softwares, ferramentas de big data e extensas bases de dados.

A popularização das redes sociais é o terceiro fenômeno tecnológico que contribuiu para o surgimento das fintechs. A partir delas foi possível levantar informações e fazer análise de mercado com base em grandes massas de dados antes não disponíveis. Por fim, a quarta e mais recente macrotecnologia apontada pelo professor da FGV está relacionada à inteligência artificial (IA). Com apoio de recursos de IA, as máquinas começaram a analisar um alto volume de informações de forma dinâmica, fazendo interpretações sobre comportamentos do consumidor e previsões sobre como ele deve agir.

 

Um exemplo de uso de inteligência artificial aplicada a serviços financeiros é o da Adimplere, fintech paulistana cujo foco é a cobrança de dívidas – ou recuperação de crédito. Com apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da FAPESP, a empresa recorreu à inteligência artificial para desenvolver algoritmos e melhorar processos de cobrança de dívidas, de modo a saber a melhor forma e o momento ideal para entrar em contato com o devedor, assim como o desconto ótimo que poderia oferecer a ele.

 

“Como a mão de obra qualificada é cara e escassa, tentamos melhorar ao máximo nossa operação através de automação, ChatBots [softwares que simulam uma conversa pela web como se fossem pessoas] e modelos de inteligência artificial”, explica o engenheiro aeronáutico Leandro Farias Nogueira, sócio da Adimplere. “Por exemplo, a partir de uma série de dados sobre o devedor e a dívida, um de nossos algoritmos prioriza aqueles que devem ser contatados. Assim, o atendente vai falar preferencialmente com os que têm maior propensão a pagar.” Segundo Nogueira, o modelo desenvolvido por eles torna a recuperação de crédito até 80% mais eficaz.

 

Se por um lado foram dadas nos últimos anos as condições para o surgimento das fintechs, por outro há um grande público que pode ser atendido por elas. “Essa modalidade de startup ganhou relevância porque o sistema financeiro brasileiro, concentrado em poucos bancos, não atende adequadamente à demanda”, declara o administrador de empresas Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Eaesp-FGV. “Um grau elevado de concentração bancária, em geral, não é bom para o mercado de serviços financeiros”, sustenta. “Isso abre espaço para as fintechs, que surgem focadas em atender às necessidades dos consumidores, tanto aqueles que são mal atendidos quanto os que estão excluídos do sistema financeiro tradicional.”

 

No Brasil, as cinco maiores instituições financeiras – Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Santander – responderam por 70% do total de crédito oferecido ao mercado em 2018. O lucro desses bancos naquele ano, em plena crise econômica, chegou a R$ 86 bilhões, uma elevação de 16% em relação a 2017, segundo dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

 

Hoje, cerca de 35 milhões de brasileiros têm acesso ao sistema financeiro em uma população de 210 milhões. “São pessoas que têm conta em banco e cartão de crédito, mas quando precisam pedir dinheiro emprestado muitas vezes enfrentam dificuldades”, diz Eduardo Diniz. Outros 35 milhões de pessoas, calculam os professores da FGV, estão fora do sistema. Essa parcela da população usa canais informais para usufruir dos quatro principais tipos de serviços financeiros: pagamento, crédito, investimento (ou poupança) e seguro. Não é à toa que mais de um quinto das fintechs do país está focado em oferecer soluções de pagamento. “A demanda desse setor é a maior de todas.”

 

Para Wagner Ruiz, cofundador e diretor financeiro do Ebanx, o desafio da inclusão financeira deve ser encarado como uma oportunidade para as fintechs. “É estimulante acompanhar a revolução de acesso ocorrida no mercado financeiro mundial e, em especial, na América Latina”, destaca Ruiz. Lauro Gonzalez, da FGV, concorda que as financeiras digitais oxigenam o setor bancário, mas alerta: elas não são uma panaceia. “Não se pode comprar o discurso de que as fintechs vieram para resolver tudo”, opina. “Mas é difícil divergir de que, com o avanço das novas tecnologias, as fronteiras que isolavam nosso sistema financeiro começam a cair, atraindo novos atores. E isso é bom para todos.”

 

 

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Os segredos das fintechs e seus grandes problemas, segundo diretores de 4 das maiores do Brasil

Diretores das empresas Nubank, Geru, Mercado Pago e Creditas trazem diferentes visões sobre o mercado das startups financeiras para evento da XP Investimentos

Em: https://www.infomoney.com.br/mercados/os-segredos-das-fintechs-e-seus-grandes-problemas-segundo-diretores-de-4-das-maiores-do-brasil/

 

Segundo executivos do Nubank, Geru, Mercado Pago e Creditas, o grande segredo de qualquer fintech é resolver os maiores problemas financeiros de seus potenciais clientes com a maleabilidade e a rapidez de uma empresa baseada em tecnologia.

“Enxergamos no cartão de crédito o maior número de deficiências no setor e apostamos nisso”, explica Gabriel Silva, diretor financeiro (CFO) do Nubank, durante o painel. A partir da descoberta do problema, a emissora dos cartões roxinhos passou a usar tecnologia, agilidade e operações menos robustas para oferecer o serviço mais personalizado e barato possível. “Descobrimos, por exemplo, que muita gente ligava para pedir a troca da data de fechamento da fatura. Em pouco tempo, criamos com nossos engenheiros uma solução para que eles possam fazer isso sozinhos, pelo app”, exemplifica.

Para as empresas de empréstimos com e sem garantia Geru e Creditas, a lógica foi semelhante. Juros exorbitantes vêm à cabeça do brasileiro assim que se pensa em tomada de crédito – e é aí que as duas empresas atacam, cada uma de seu jeito.

 “O objetivo é que [o empréstimo] seja indolor, com avaliação imediata e recebimento também imediato, na medida do possível”, explica o CEO da Geru, Sandro Reiss. Para Sergio Furio, da Creditas, esse é um mercado de altíssimo potencial localmente. “Ao contrário do que muita gente pensa, ainda cabe muito mais endividamento no Brasil, mas não da forma como é hoje [entre os grandes players]”, sugere.

Parte do Mercado Livre, o Mercado Pago está na ativa há mais tempo, mas se considera uma fintech justamente pela forma como traz soluções aos clientes. “Democratizar o comércio e o acesso ao dinheiro é nosso objetivo, e o formato das nossas operações permite que façamos isso de forma fácil, barata e segura”, conta o CEO da empresa, Tulio Xavier de Oliveira, citando a implementação de tecnologia de ponta para oferecer blindagem às operações. “Ter tecnologia no DNA é essencial para possibilitar isso”, continua.

Desafios

Manter a agilidade de transformação necessária é um dos principais desafios para as startups que unem finanças e tecnologia. Para garantia de estar sempre lado a lado com as tendências de consumo, essas empresas confiam em integração e muita tecnologia.

“Todas as nossas equipes têm engenheiros. Quando uma equipe precisa de novas soluções, não precisa passar por uma fila de solicitações e esperar, é só conversar com a mesa do lado”, diz Silva, do Nubank. Reiss, da Geru, reforça: “não somos uma empresa com uma equipe de tecnologia: a Geru inteira é uma equipe de tecnologia”.

Dessa mentalidade, vem o que os empreendedores consideram o verdadeiro maior desafio: montar uma equipe qualificada. Segundo Reiss, cerca de 90% de seu trabalho é dedicado atualmente à busca de pessoal. Com quase 4.000 funcionários na América Latina, o desafio do Mercado Livre não deixou de ser equipe: “o problema é trazer gente na velocidade que a gente precisa”, diz Tulio. “Ao mesmo tempo, prefiro gastar mais tempo procurando do que fechar rápido com pessoas fora do perfil ideal”, diz.

No Brasil, outra questão capaz de empacar os negócios é a pífia educação financeira. “Se o brasileiro estivesse de fato pesquisando o melhor preço, ele chegaria sempre na gente e estaria atrás das fintechs. O desafio é que nós precisamos realizar também a educação financeira, além de oferecer nossos serviços”, analisa Furio.

Regulação

Embora o brasileiro tenda a ver os órgãos regulatórios com maus olhos, os executivos desmentem o boato de ineficiência causada pelo fechamento desses órgãos. Pelo contrário: o Banco Central está, de acordo com eles, fortemente empenhado em criar terreno para o funcionamento das fintechs, que estimulam a concorrência e evoluem o mercado.

“Desculpem dizer isso, mas acho que a regulação realmente não está sendo um grande obstáculo no momento”, diz Furio, ao ser questionado sobre obstáculos regulatórios. Reiss, da Geru, assina embaixo: “agora, a justiça cria problemas e anomalias maiores que a regulação”.

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UM RESUMO: Definições e Características

 

por Redação Nubank

 https://blog.nubank.com.br/fintech-o-que-e/

Na teoria, o termo Fintech é bastante simples. Ele surgiu da combinação de duas palavras em inglês: financial (financeiro) e technology (tecnologia). Na prática, no entanto, o verdadeiro significado do que é uma fintech vai muito além de “tecnologia financeira”.

O que é fintech?

A palavra fintech é uma abreviação para financial technology (tecnologia financeira, em português). Ela é usada para se referir a startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor.

As fintechs podem oferecer as mais diversas soluções, como cartão de crédito, conta digital, cartão de débito, empréstimos, seguros, entre outros.

A maioria delas permite que os clientes controlem os produtos inteiramente através de smartphones, sem nunca precisar pisar em uma agência ou corretora.

Conhecer e entender o que é uma fintech é, portanto, um passo importante para encontrar alternativas melhores para os serviços tradicionais dos bancos.

Por que o termo fintech está na moda?

O número de empresas criando soluções inovadoras para o setor financeiro vem crescendo.  Trata-se de uma tendência mundial de inovação que veio para transformar a relação das pessoas com o dinheiro.

Em junho de 2018, um estudo do Finnovation apontou que o número de fintechs no Brasil era de 377. Em todo o mundo, elas já somam mais de 5,5 mil.

A ideia de unir tecnologia a serviços financeiros, no entanto, não é exatamente nova. Na verdade, alguns estudos apontam que a própria invenção dos caixas eletrônicos, no final da década de 1960, é um marco do uso da tecnologia para libertar as pessoas das filas dos bancos.

A popularização da internet, no entanto, foi o que realmente mudou as regras do jogo. Ao longo dos anos 1990 e 2000, o acesso mais fácil à web criou um novo cenário de competição em praticamente todos os setores da economia. Ficou mais fácil – e barato – criar e testar um novo produto e divulgá-lo para as pessoas usando canais digitais.

Essa união de serviços financeiros com tecnologia da informação mudou radicalmente o significado do que é fintech.

Quais as vantagens das fintechs?

No geral, as fintechs são conhecidas por oferecer soluções financeiras inéditas, menos burocráticas, mais intuitivas de serem usadas – afinal, elas normalmente estão disponíveis no smartphone do cliente – e com custos baixíssimos, às vezes inexistentes, para os usuários.

Um exemplo são os cartões de crédito sem anuidade ou as contas digitais gratuitas.

Tudo isso graças à tecnologia. Por já terem nascido no mundo digital e não contarem com grandes estruturas físicas, como as agências bancárias, seus custos são muito reduzidos. Por isso muitas oferecem produtos livres de taxas e conseguem escalar rapidamente.

Em resumo, as fintechs chegam no mercado trazendo produtos financeiros inovadores. Em muitos casos, eles foram desenhados para serem mais simples e vantajosos para os clientes.

As fintechs são seguras?

No Brasil, nos Estados Unidos e em grande parte dos países do mundo, o setor financeiro é vigiado de perto pelo governo.

Todas as empresas que criam produtos para este setor – sejam novos meios de pagamento ou cartões de crédito, por exemplo – precisam seguir uma série de regras e normas específicas.

O Banco Central é uma das instituições que regula o mercado e monitora as atividades do setor financeiro no Brasil. Mesmo fintechs precisam seguir regras rígidas para oferecer seus produtos à população.  

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